terça-feira, 14 de agosto de 2012

Copa de 2014 mostrará ao mundo o perfil da nova Polícia do Rio


Policiais mais bem preparados, com melhor infraestrutura de trabalho e uma nova estética. Essa deve ser a realidade do Rio de Janeiro até a Copa de 2014, quando a capital fluminense será uma das cidades-sede do mundial de futebol da Fifa. E essa preparação está a todo vapor.

Ao todo, 280 policiais civis e militares já participaram de oito cursos especiais de capacitação – oferecidos em parceria com os EUA e a Espanha – voltados para os grandes eventos previstos para o Rio. Os cursos focam em diversas áreas de atuação, como prevenção a ataques, situações com reféns, incidentes com armas químicas, antibombas e policiamento turístico. O objetivo é que esses policiais atuem como replicadores em suas unidades, repassando os ensinamentos adquiridos.

"Buscamos conhecimento em países que têm expertise na atuação em grandes eventos e tragédias. Além disso, reformulamos a área de educação das polícias. Esperamos capacitar 12.600 policiais civis e militares e, com isso, ao final dos eventos, teremos uma polícia mais profissional", afirmou a subsecretária de Educação, Valorização e Prevenção da Secretaria de Segurança, Juliana Barroso.

Através de um convênio com o Ministério da Justiça, 150 policiais de unidades turísticas vão passar também por um curso de língua inglesa para que possam atender melhor aos visitantes de outros países.

O conjunto de investimentos da Secretaria de Segurança prevê ainda rádios novos e terminais de bordo com acesso às informações dos bancos de dados das polícias – que deverão ser integrados até a Copa.

No caso da Polícia Militar, a mudança também passará pela estética com o uso de um novo uniforme e outro padrão de armamento.

"Estamos estudando mudar o uniforme da PM já para a Copa do Mundo, para fugirmos daquele azul desbotado. Por questões históricas, o uniforme atual é voltado para ação operacional e não para prestação de serviço de segurança pública e prevenção. A ideia é que seja algo próximo do utilizado pelos policiais das UPPs", disse o subsecretário para Grandes Eventos, Roberto Alzir, acrescentando que o uso de fuzil nas viaturas também não deve fazer parte do dia a dia da polícia em um futuro breve.

Mais capacitação, menos letalidade
Um dos principais enfoques dos treinamentos das polícias do Rio é o uso progressivo da força. Para isso, policiais do Batalhão de Choque (BPChoque) estão passando por um curso especial que envolve aulas teóricas e simulações práticas. A ideia é que os policiais identifiquem com precisão as situações em que podem ser empregados armamentos menos letais.

"Nós devemos fazer uso da força proporcional, ou seja, de acordo com o nível de agressão. Esse treinamento tem como objetivo desenvolver a capacidade de raciocínio e resposta rápida do policial para que ele opte, sempre que possível, pelo equipamento menos letal", explicou o instrutor do curso, capitão Gilberto Martins.

O treinamento prático envolve a simulação de situações reais, como uma confusão generalizada provocada por uma briga em um bar. Após o exercício, realizado corretamente, o soldado Gleyson Andrade, destacou a importância desse tipo de preparação.

"Nós estamos colocando em prática o conhecimento adquirido. Isso é muito importante porque não adianta ter os equipamentos e não saber utilizá-los. Espero não precisar usar isso durante os grandes eventos, mas, caso seja necessário, estou preparado", disse o soldado.

Ururau

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