sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Reunião na Câmara Municipal

Antes mesmo da sessão na Câmara Municipal começar, o movimento ao redor já era constante, muitos carros, populares, e acredite se quiser até carrinho de pipoca e pessoas em cavalos estavam por perto da Câmara.


A sessão da Câmara Municipal foi marcada pelas discussões em torno de denúncias feitas por um morador contra o Poder Executivo, em relação a saúde pública da cidade. O pedido de afastamento do prefeito Beto Azevedo não foi apreciado pelos vereadores, mas foi eleita uma Comissão Processante (CP) que vai investigar todas as denúncias contra o prefeito .

A Comissão terá um prazo de 90 dias para apresentar um relatório das denúncias apresentadas pelo morador da cidade. A CP está formada por três vereadores que compõem a base governista que são: o presidente, vereador Sergio Elias; relator, vereador Cláudio Henrique e como membro, o vereador Caboclo.

A Comissão só poderia ser formada por vereadores que fizessem parte da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde, que é composta pelo vereador Fabinho do Estaleiro, presidente; o vice-presidente da Câmara, Renato de Buena; relatora, Adriana Coelho; e os membros Jarédio Azevedo e Jamilton Chaô.

A CPI da Saúde foi instaurada dia 08 de novembro para realizar a investigação na aplicação de cerca de R$ 13 milhões, cerca de 16% de todo orçamento municipal para o ano, além de três suplementações no valor de R$ 2,5 milhões, aprovadas pela Câmara Municipal. 

A crise na Saúde se instalou e a gravidade foi destacada quando em menos de um mês chegou a ter três secretários, que foram: Fabiano Córdoba, Hober Caminhas Fasciani Júnior e Cristiano Salles Rodrigues, que quando assumiu a pasta chegou a declarar que existem muitos funcionários "fantasmas" na folha de pagamento.

Entre denúncias apresentadas e destacadas em toda mídia na região nas últimas semanas, são de que faltam medicamentos no único hospital municipal, o Manoel Carola, em Ponto de Cacimbas, e os salários dos funcionários da unidade de Saúde estariam atrasados.

DENÚNCIAS
Durante a sessão, os vereadores aprovaram por unanimidade, o recebimento da denúncia proposta pelo conselheiro da saúde da cidade, Jorge Luiz Ponto de Prosa. O conselheiro apresentou um dossiê com possíveis irregularidades na Secretaria de Saúde. O documento foi apresentado à Câmara que aceitou as denúncias e vai começar as investigações.

AFASTAMENTO DO PREFEITO
Mesmo com a apresentação de toda a documentação, o presidente do Legislativo de São Francisco não decidiu não colocar em votação o pedido de afastamento do prefeito Beto Azevedo. O pedido era de afastamento pelo prazo de 90 dias, mas primeiro a Câmara de vereadores vai esperar primeiro o trabalho de investigação da Comissão Processante para definir uma nova data para a possível votação.

AMEAÇAS
O conselheiro de saúde que fez as denúncias contra o Poder executivo de São Francisco de Itabapoana procurou a delegacia da cidade na manhã desta sexta-feira para fazer o registro de uma ameaça sofrida ainda na noite da última quinta-feira.
De acordo com o conselheiro Jorge Lúcio, ele recebeu uma ligação de número restrito dizendo par que ele “tenha cuidado”. Jorge afirmou que vai procurar o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro para pedir a quebra do sigilo telefônico, para tentar descobrir de qual número partiu a ameaça.



Confira abaixo algumas frases da reunião:


Vereador Fabinho: ".. vereador Sergio Elias, respeito suas palavras, estão saqueando a saúde do município e o Sr. vem dizer que o Sr. Fabel e o Dr. Fabiano são inocentes, o Sr. é muito corajoso."

Vereador Fabinho: "..vim pedir ao sr. não somente denúncia, como tambem o afastamento do prefeito por 90 dias. Pelo entendimento dos meus advogados o prefeito deve ser afastado imediatamente. Acredito na seriedade do Exmo Leonardo Cajueiro D'Azevedo." Relatou.

Presidente da Câmara, Tininho:" .. Eu nego o pedido de afastamento do prefeito." Disse.

Sérgio Elias: "...nós temos que agir dentro da forma regimental. Eu estudei o regulamento, e peço a sr. vereador Fabinho, não entre com mandado de segurança." Concluiu.

Renato: "...não vamos esconder coisa errada debaixo do tapete não, vamos investigar." 

Jamilton: "..São denuncias gravíssimas, vai para R$ 17 milhões os gastos, pra onde foi esse dinheiro?" 

Claudio Henriques: "... a denuncia é grave, mas não me sinto preparado para ser um "juiz" sem antes os fatos comprovados".

Adriana Coelho: ".. o que me estranha é que os funcionários da saúde não estão presentes, e sim, funcionários da secretaria de educação. As leis devem ser cumpridas! Quero que seja feita justiça. 

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Minhas são as palavras do Vereador Jamiltom: "pra onde foi esse dinheiro?"



Júlio César/Blog Do Noel Júnior/Ururau



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