O Rio Paraíba do Sul voltou a registrar a menor medição de outubro: 5,1m. A baixa é histórica, a maior dos últimos 30 anos, segundo a Defesa Civil Municipal. A seca já compromete o abastecimento nas localidades e distritos na área norte, onde caminhões-pipa estão atendendo as famílias. Nas lavouras, a situação é amenizada com bombeamento de água do rio nos canais. A Defesa Civil voltou a instalar bomba e abastece o Canal Campos-Macaé.
Apesar da previsão de 18mm de chuva nos próximos três dias, não deve haver grandes alterações no nível do rio. Segundo o subsecretário da Defesa Civil, Edison Pessanha, outubro é um mês seco. Ainda assim, o nível está cerca de 60cm abaixo da média para a ocasião, que seria de 5,7m a 5,8m. “A estiagem seria de menor intensidade se o homem fizesse o manejo correto da água. Nas cheias é possível reter e guardar água para estes momentos, o que não acontece. A natureza é perfeita, mas o homem é que não sabe aproveitá-la”, avalia.
Medidas emergenciais para evitar o pior
Os canais São José e Coqueiros estão sendo abastecidos com bombeamento feito pela Usina Coagro. O Campos-Macaé voltou a receber água do Paraíba ontem. A Defesa Civil trocou uma bomba colocada anteriormente para aumentar as tubulações e jogar mais água. O equipamento foi recolocado sob a ponte Rosinha Garotinho.
O abastecimento de água em Campos é normal, diz a concessionária Águas do Paraíba. A Estação de Tratamento da Coroa, responsável pelo abastecimento de mais de 70% da população, é automatizada e capta água do rio a 1,5 m do leito.
Entretanto, de acordo com a assessoria de imprensa, a situação começa a ficar crítica em alguns pontos no norte do município, como Morro do Coco, Vila Nova, Santo Eduardo e Conselheiro Josino, para onde já começaram a ser enviados caminhões-pipa em sistema de rodízio.
Nestes distritos o problema tem se agravado também em função do aumento da quantidade de furto de água e ligações clandestinas. Já estão sendo detectadas e eliminadas diversas intervenções ilegais para desviar água para propriedades rurais e dessedentação de animais, que também estão tendo dificuldade com a estiagem.
O Diário
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