PAPA BENTO XVI: HUMILDADE E COERÊNCIA
Joseph Ratzinger entrou apoiado em um bastão, enquanto os aplausos se mesclavam com o canto Tu sei Petrus (Tu és Pedro). Bento XVI respondeu com um largo sorriso e agradecendo várias vezes pelas demonstrações de carinho. A reunião é o chamado "diálogo informal" com o clero da diocese de Roma para conversar sobre a experiência de Bento XVI no Concílio Vaticano II.
Aos membros do clero, o papa pediu para que os religiosos trabalhem pela renovação da Igreja Católica. Para tanto, apelou ao espírito reformista do Concílio Vaticano II, um marco na modernização litúrgica e doutrinal da Igreja, ocorrido nos anos 60, sob comando do papa João XXIII. "Temos de trabalhar para a realização verdadeira do Concílio e para a verdadeira renovação da Igreja", afirmou o papa.
Em um vídeo divulgado pela imprensa italiana após o início da reunião, o papa disse que deve ficar em isolamento, longe dos olhares públicos, após deixar o papado no final do mês. "Estou me retirando para rezar, mas estarei sempre perto de todos vocês e tenho certeza que vocês estarão perto de mim, mesmo se eu permanecer escondido do mundo", disse ele, em declaração de improviso a padres da diocese de Roma. "Hoje, em consequência da minha idade, não pude preparar um grande discurso", afirmou.
Na manhã do dia 11 de fevereiro de 2013, o papa Bento XVI surpreendeu o mundo com a notícia de que deixaria o pontificado ao fim daquele mês. Em latim, durante um consistório para a canonização de dois mártires no Vaticano, o pontífice, de 85 anos, afirmou que estava renunciando devido à idade avançada, por "não ter mais forças" para exercer o cargo.
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