As conclusões de um novo estudo feito na Universidade de Washington, nos Estados Unidos, reforçam a ideia de que a prática de atividade física, mesmo em intensidade leve, já é benéfica à saúde e pode ajudar a evitar uma série de doenças. Segundo a pesquisa, pessoas que não fazem exercícios e que apresentam maiores riscos de ter diabetes tipo 2 podem reduzir essas chances andando mais ao longo do dia. Os resultados foram publicados na edição desta semana do periódico Diabetes Care.
De acordo com os autores, outros estudos já associaram o fato de um indivíduo andar mais com uma redução do risco de diabetes tipo 2. No entanto, eles não especificavam quanto tempo uma pessoa deve andar para que isso aconteça. Eles indicam que o ideal é que uma pessoa dê ao menos 10.000 passos ao dia — e caminhe uma distância total equivalente a cerca de oito quilômetros.
Para chegar a esse resultado, os pesquisadores pediram que 1.826 pessoas que não tinham diabetes ou doenças cardiovasculares usassem um pedômetro — aparelho que conta quantos passos um indivíduo dá a cada dia — durante uma semana. Um quarto dos participantes apresentou níveis muito baixos de atividade física: eles davam, em média, 3.500 passos diariamente; e metade dessas pessoas andava menos do que 7.800 passos.
Após cinco anos desde o início do estudo, foram registrados 243 casos de diabetes tipo 2. Depois de ajustar os dados com outros fatores, como idade, tabagismo e histórico da doença na família, os pesquisadores concluíram que as pessoas que caminhavam mais eram 29% menos propensas a ter diabetes do que aquelas que caminhavam menos do que 3.500 passos.
Os especialistas explicam que os benefícios da atividade física leve ou moderada são válidos apenas para as pessoas que são sedentárias e decidem começar a se exercitar. Isso não significa, portanto, que indivíduos que estão mais acostumados a praticar atividades possam reduzir a intensidade delas.
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