"Ufa!" |
O índice dos que consideram seu governo ruim ou péssimo, que em junho chegou a 25%, caiu para 22%. E os que avaliam o governo como regular passaram de 43% para 42%. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais.
Como verificado em pesquisas anteriores, a aprovação a Dilma é maior na faixa da população que recebe até dois salários mínimos: 41%. A menor aprovação está entre os que ganham mais de 10 salários mínimos, 29%, embora esta tenha sido a faixa com a variação mais favorável à presidente. Em junho, apenas 21% dos mais ricos avaliavam positivamente o governo. O aumento foi de oito pontos percentuais. Na faixas de renda familiar de 2 a 5 salários mínimos e de 5 a 10 salários mínimos, a avaliação positiva do governo é praticamente a mesma: 33% de ótimo e bom na primeira faixa, e 32% na segunda.
Na classificação por escolaridade, a avaliação mais positiva do governo Dilma está entre os que cursaram apenas o ensino fundamental (42%). Entre os que têm o ensino médio, o índice de ótimo e bom é de 33%, e entre os com curso superior, de 28%.
Descolamento do Congresso
Em relação aos protestos de rua que marcaram o mês de junho e ainda continuam em algumas cidades, o índice dos que acreditavam que traria algum benefício pessoal caiu de 65% para 49%. A percepção de que os protestos melhorariam a vida dos brasileiros em geral também caiu de 67% para 52%.
Em artigo sobre a pesquisa, os diretores do Datafolha, Mauro Paulino e Alessandro Janoni, consideraram que o ambiente favorável às manifestações já não apresenta a mesma amplitude, e que o apoio majoritário às respostas de Dilma aos protestos, já captado em junho, se manteve.
— Agora, mesmo identificando a má gestão dos recursos como principal problema do setor da saúde no país, cresce em sete pontos percentuais a taxa de brasileiros que se coloca favorável à contratação de médicos estrangeiros para áreas de carência. Com as ações, Dilma descola o Executivo da imagem do Congresso Nacional, que tem desempenho amplamente reprovado frente aos episódios — avaliaram os diretores do Datafolha.
A pesquisa foi realizada entre os dias 7 a 9 de agosto, em 160 municípios do país, e ouviu 2.615 pessoas.
Avaliação de gestão da economia tem leve melhora
A pesquisa Datafolha identificou também uma melhora na percepção dos eleitores em relação à situação econômica do país. A aprovação do desempenho do governo Dilma na área econômica subiu de 27%, em junho, para 30% agora — a sondagem foi realizada entre os dias 7 e 8 deste mês.
O pessimismo em relação à alta da inflação, em ascensão nas pesquisas anteriores, estacionou. O índice dos que acreditam que os preços continuarão subindo no início deste mês foi de 53%, contra 54% no final de junho. O Datafolha revela ainda que estagnação no percentual dos que acreditam que a inflação vai subir.
Entre o fim de junho e agosto, o índice dos que apostavam que os preços na economia continuarão subindo teve uma oscilação de 54% para 53%. Para 30%, a inflação vai ficar como está. E 11% disseram acreditar que haverá queda nos índices de preços.
Desde dezembro de 2012, o Datafolha vinha detectando aumento do pessimismo dos brasileiros em relação ao crescimento da inflação. Em dezembro de 2010, fim do governo Lula, 33% dos eleitores entrevistados acreditavam que a inflação iria subir.
Houve uma melhora também nas expectativas dos entrevistados em relação às perspetivas da própria condição financeira. Passou de 44% para 48% o percentual dos eleitores que se disseram confiantes de que a sua situação econômica vai melhorar. Já em relação à situação da economia do país a nova pesquisa apontou quase nenhuma oscilação — caiu de 31% para 30%,m dentro na margem de erro que é de dois pontos percentuais.
Em relação ao emprego, o cenário mostra-se também menos ruim. Caiu de 44% para 39% o índice dos entrevistados que acreditam que o desemprego vai aumentar no país. Para 34%, a situação vai ficar como está. Também registrou queda o número de pessoas que acreditam que o poder de compra dos salários vai diminuir - de 38% para 32%.
Os números mais positivos do Datafolha vem reforçar um movimento dentro do próprio governo de desfazer o ambiente pessimistas que impregnou o ambiente econômico nos últimos meses. Na quinta-feira, em reunião com senadores petistas no Planalto, a presidente Dilma traçou um cenário econômico otimista. Afirmou que a economia vai crescer mais do que os analistas estão prevendo, que a inflação está sob controle e que a relação entre dívida e Produto Interno Bruto (PIB) é historicamente baixa, ressaltou o controle fiscal e a taxa de desemprego.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/datafolha-popularidade-de-dilma-sobe-para-36-9460262#ixzz2baR066zu
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