O presidente da FIFA, a presidente do Brasil e sua filha |
Distante da sua cidade natal, Dilma no sábado estava em Recife, reduto de outro adversário em sua disputa à reeleição, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). O compromisso da presidente não foi assistir ao outro jogo da rodada no Grupo C, Costa do Marfim 2 x 1 Japão, realizado na Arena Pernambuco, mas participar de encontro com o ex-presidente Lula (PT). Na tentativa de defender sua afilhada política dos ataques sofridos na Copa do Mundo que ambos tanto trabalharam para trazer ao Brasil, Lula deu ainda mais ênfase ao discurso do medo, do qual o PT foi vítima no passado, mas passou a adotar para tentar conter a tendência de queda de Dilma, que votou a cair em nova pesquisa Sensus também divulgada ontem: de 34% (em abril) para 32,2%, enquanto Aécio subiu de 19,9% para 21,5% nas intenções de voto.
Acuado por ver sua candidata a presidente em queda e xingada publicamente pela população, sendo alvo dos protestos contra a Copa, graves denúncias de corrupção na Petrobras e ostentando um péssimo desempenho na condução da economia do país, enquanto dentro do próprio PT ainda há quem queira que ele mesmo assuma mais uma vez o risco pessoal e político da candidatura, o ex-presidente abandonou o estilo “Lulinha Paz e Amor” que levou o PT ao poder, para disparar sua metralhadora giratória contra as “elites” e a imprensa, chegando a prever violência na campanha:
Em Recife, para fazer política na terra de Eduardo Campos, em dia de jogo de Copa, Lula atacou para tentar defender Dilma e previu violência na campanha presidencial |
— Nós estamos com um problema sério neste país, Dilminha. Esta campanha está correndo o risco de ser uma campanha violenta, em que a elite brasileira está conseguindo fazer o que nós nunca conseguimos, que é despertar o ódio entre as classes. Está conseguindo fazer com que o ódio tome conta da campanha neste ano, e não medirá esforços para a quantidade de mentiras e preconceitos que vão contar contra a senhora.[Os xingamentos são] uma falta de respeito, uma cretinice fomentada por uma parte da imprensa brasileira que, agora, está falando que não é para fazer assim, que não era para ter palavrão.
Folha Online - Coluna Opiniões
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