A pesquisa foi feita por Kathleen Melanson, da Universidade de Rhode Island, e analisou os padrões alimentares durante o almoço de indivíduos adultos divididos em dois grupos – um que mascava chiclete no total de uma hora pela parte da manhã, em três “sessões” de 20 minutos, e outro grupo controle.
De acordo com os autores do estudo, apesar de consumir menos calorias durante a refeição, os participantes não mostraram tendência de compensar esse menor consumo calórico durante o dia. Esses indivíduos também demonstraram gastar até 5% mais energia após mascarem chicletes e afirmaram ter a impressão de estarem mais atentos.
“Baseado nesses estudos é possível indicar que o ato de mascar chicletes pode tanto ajudar no consumo calórico quanto no gasto energético do organismo, o que levaria a um melhor controle do peso”, afirmou Melanson.
O estudo diz ainda que os nervos dos músculos envolvidos na mastigação – em especial os da mandíbula – quando estimulados durante o ato de mascar chiclete, enviam sinais para o cérebro que tende a ficar mais sensível à saciedade, o que pode explicar a redução da fome e consequente ingestão calórica menor.
Já o gasto calórico – mesmo quando os participantes estavam em repouso – teria aumentado por motivos similares, ou seja, a movimentação muscular.
O estudo foi feito com um número limitado de indivíduos (35 pessoas em cada grupo) – em um período de 15 dias – e precisará de mais testes com populações maiores, mas os resultados, diz a autora, são animadores. Tanto que a pesquisa angariou um fundo de investimentos de um instituto científico e novos estudos poderão confirmar a hipótese inicial de Melanson.
“Baseando-se nesses resultados preliminares nós podemos imaginar que mascar chicletes pode ser uma estratégia complementar em um programa de controle do peso para pessoas com dificuldade para emagrecer”, diz a pesquisadora.
Ururau
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