sexta-feira, 23 de março de 2012

Brasileiro descobre forma de publicar gifs no Facebook

O Facebook, ainda não dominado pelos arquivos .gif (graphics interchange format) muito comuns no Orkut e no Google+, esconde uma falha que foi revelada por um estudante de computação de Rondonia. O brasileiro Marcelo Silva, ou Bogobil como se identifica na web, dispensa ser chamado de hacker e atribui a um de seus testes a descoberta mais recente de uma brecha na rede social que permite ao usuário publicar as polêmicas animações usando algumas linhas de código adaptadas.

Analisando aplicativos durante a madrugada, o baiano e estudante de Sistemas de Informação da FGV de Rondonia, disse que tentava buscar uma forma de mudar thumbnails de vídeos. Ele descobriu no aplicativo do Path para iOS um script para arquivos de música. Baseado nessas linhas de código, ele publicou um post com o mesmo script substituindo um arquivo .MP3 por um arquivo .gif. O experimento deu certo e no post está uma imagem animada, em vez de um arquivo de áudio.

- O que eu fiz foi postar gifs aproveitando uma falha do Facebook que não reconhece scripts por trás de links de mídia. São deles que infelizmente saem os vírus. A diferença é que são usados links externos - explicou.

Outros usuários, como um italiano que lotou seu perfil de gifs animados em maio de 2010, também conseguiram feitos parecidos. Eles postaram as animações nos próprios álbuns de fotos, mas as imagens foram todas “congeladas" pela rede social que não tolera a presença dos arquivos nas páginas de seus membros. O Facebook não permite mais compartilhar esses posts e a tentativa de copiar a URL das fotos e colar em outra atualização de status não funciona mais.

Sobre a proibição das fotos animadas, a rede social disse que não autoriza e nem pretende autorizar a poluição visual no site. "O Facebook realmente não permite gifs animados para trazer melhor experiência de uso e não há nada para anunciar neste momento em relação a mudanças nessa prática", informou em nota. "É importante ressaltar que quaisquer informações que tenham circulado recentemente na mídia brasileira sobre eventuais mudanças nesse sentido são inverídicas", completou.

Acusado por muitos de instaurar o caos na rede, Bogobil diz que já informou ao Facebook sobre a falha. Ele está aguardando uma resposta para saber se a descoberta vale pelo menos US$ 500. O Facebook mantém um programa para 'caçadores de bugs' chamado Withe Hat que recompensa em dinheiro quem descobre problemas na rede social.

- Criei vários monstros. Qualquer "curioso" com o mínimo conhecimento em scripts pode copiar e fazer o mesmo - explicou. Um vídeo com o passo a passo do processo está à disposição da FGV para estudo.

No Orkut, os gifs acabam poluindo a tela porque o usuário é obrigado a ver e só depois decidir se deseja ocultar o post que contém o arquivo nos seus scraps ou na lista de atualizações de status. Já no Google+, onde as animações aparecem em tamanho grande no fluxo de posts dos usuários, é possível evitar a presença delas filtrando contatos nos círculos ou usando plug-ins para navegadores como Chrome e Firefox.

A Google disse que não comenta as críticas à sua política que permite a publicação de animações nas suas redes sociais. Sobre o bloqueio do método encontrado pelo estudante, o Facebook disse que não vai comentar.

- Nós só reclamamos da tal orkutização, mas ninguém sabe usar as redes sociais de verdade. Fiz isso para chamar atenção, se o Facebook não bloquear este método o que farão? Vão fechar suas contas por preguiça? - questionou.

Ainda de acordo com o estudante, no momento ele está adaptando o código para visualização dos posts animados em smartphones, onde atualmente as imagens ficam estáticas, com link grande e aparência estranha.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/tecnologia/brasileiro-descobre-forma-de-publicar-gifs-no-facebook-4396863#ixzz1pzMms1Qn 

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