quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Um terço dos brasileiros com curso superior volta à universidade depois dos 40 anos

Em 2010, quase 11% de todos os universitários brasileiros frequentavam instituições de ensino superior em busca da segunda graduação, aponta o relatório Educação e Deslocamento, do Censo Demográfico 2010, divulgado nesta quarta-feira(19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento é inédito e, por isso, não permite avaliar evolução do índice.

O indicador revela que o percentual de pessoas que volta à universidade cresce com a idade: considerando-se apenas o contingente de estudantes com mais de 40 anos, o índice chega a 30,1%. O fenômeno pode expressar um comportamento natural dos estudantes, de esperar algum tempo para iniciar nova graduação. Mas parece revelar também a necessidade de reciclagem dos profissionais em atuação no mercado. Prova disso é a constatação de que, no grupo das pessoas que estudam e trabalham, 12,6% estão na segunda graduação, participação que cai para 7,2% entre aquelas que somente estudam.

A pesquisa não mostra diferenças significativas entre gêneros: entre os homens, o percentual dos que estão na segunda graduação é de 10,5%, chegando a 11% entre as mulheres. O IBGE indica, porém, um distanciamento entre a opção pelas redes pública e privada de ensino superior. Nas instituições públicas, a taxa de estudantes que cursam a segunda graduação é de 13,2%, caindo para 9,8% nas privadas.

A diferença também aparece quando são comparadas as diferentes regiões do Brasil. O Sudeste ostenta o maior percentual de universitários que já possuem outra graduação (12,7%), enquanto que o Sul apresenta o menor (8,8%).


Preferência
O estudo também investigou as áreas de formação de brasileiros que já concluíram o ensino superior (com cursos de graduação, mestrado ou doutorado). Em primeiro lugar, na análise conjunta dos três níveis de instrução, está o grupo de ciências sociais, negócios e direito, com 37,8% do total. O índice é quase o dobro do registrado pela área de educação (19,5%), que está em segundo lugar.

A área de ciências sociais, negócios e direito também se sobressai quando avaliados separadamente cada um dos níveis de graduação superior. Ela concentra 38,4% dos brasileiros que concluíram apenas a graduação, 31,3% dos que finalizaram o mestrado e 25% dos doutores.

É importante ressaltar que a área de educação fica em segundo lugar no levantamento geral e no que considera apenas o nível de graduação. A preferência pela formação em educação cai substancialmente entre os brasileiros que concluíram mestrado e doutorado. No caso do mestrado, a escolha pela formação em educação é preterida pelas áreas de ciências sociais, negócios e direito, saúde e bem estar, engenharia, produção e construção e humanidades e artes.

VEJA

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