A Ponte João Barcelo Martins , ponte de pedestres, foi interditada ontem (4) por precaução.(Foto:R7.com) |
Duas aeronaves tripuladas por bombeiros foram enviadas na manhã desta quinta-feira (5) para a região Campos onde, mais cedo, um dique se rompeu no bairro Três Vendas. A informação é do governo do Rio, que não deu detalhes do modelo das aeronaves e de quantos bombeiros foram enviados ao local.
Por determinação do governador Sérgio Cabral, os bombeiros vão verificar as necessidades do local para que providências possam ser tomadas pela Defesa Civil do estado.
Mais cedo, o secretário de Defesa Civil do município, Henrique Oliveira, disse que cerca de 4 mil pessoas precisariam ser retiradas de suas casas por causa do rompimento do dique. Segundo ele, mil famílias foram afetadas. Atualmente, 590 pessoas estão desabrigadas no município, segundo o secretário.
“Eu estou pedindo apoio do Exército. Nós vamos tirar toda a população de Três Vendas. Essa retirada tem que ser muito rápida”. Segundo ele, a água do Rio Muriaé deve tomar todas as ruas do bairro. “A situação é caótica na região. A água vai tomar tudo e muito rápido”, disse o secretário mais cedo.
De acordo com Oliveira, o dique fica na rodovia BR-356. Uma cratera foi aberta e o tráfego está interrompido na rodovia.Na quarta-feira (4), o nível do Rio Paraíba do Sul chegou a 10,90 metros quando, nesta época do ano, o normal varia de 7 a 8 metros, segundo a prefeitura.
De acordo com o secretário Henrique OIiveira, o município ainda não decretou situação de emergência, mas esta possibilidade não está descartada. "Agora (com o rompimento do dique) a situação vai se complicar", finalizou.
De acordo com o secretário Henrique OIiveira, o município ainda não decretou situação de emergência, mas esta possibilidade não está descartada. "Agora (com o rompimento do dique) a situação vai se complicar", finalizou.
Rio Muriaé
O nível do Rio Muriaé subiu ainda mais nas últimas horas e agravou a situação em outras cidades da região.Em Itaperuna, no Noroeste Fluminesne, o número de pessoas fora de casa já passa de 5 mil. Nesta quarta, a água cobriu o primeiro andar do principal hospital do município, o São José do Avaí. A principal via da cidade, a BR-356, foi interditada.
Em Laje do Muriaé, já são mais de 2.500 desalojados ou desabrigados.
Ainda nesta quarta, os secretários estaduais de Saúde e de Defesa Civil viajaram para a região Noroeste. Um centro de comando e controle, para concentrar as ações de socorro às vítimas das enchentes, será instalado.
Balanço Defesa Civil
Na noite desta quarta a Secretaria estadual de Defesa Civil divulgou o balanço das ocorrências causadas pela chuva nas regiões Norte e Noroeste do Rio.A secretaria esclareceu que o município de Laje do Muriaé passa a considerar um óbito no balanço da Defesa Civil estadual. O caso registrado como infarto não se deu em decorrência da chuva. Dessa forma, são dois óbitos durante as chuvas dos últimos dias: uma no próprio município de Laje do Muriaé e outra em Miguel Pereira.
Cardoso Moreira (Foto: R7.com) |
Os números de desalojados em cada cidade são: Santo Antônio de Pádua (12 mil); Itaperuna (5 mil); Laje do Muriaé (2.500); Aperibé (1.800); Italva (500); Cardoso Moreira (447); Cambuci (310); e Campos (243).
Já os números de desabrigados são: Santo Antônio de Pádua (1.200); Itaperuna (60); Laje do Muriaé (100); Aperibé (60); Italva (90); Cardoso Moreira (80); Cambuci (80); e Campos (113).
Santo Antônio de Pádua (Foto: R7.com) |
Segundo o secretário, o pronto-socorro da cidade está interditado. “Estamos esperando a equipe do estado, para ver as ações na área da saúde. Médicos de outras localidades não conseguem chegar aqui”, contou. Ele afirmou que metade da população de Italva foi atingida. “Já em Italva, também no Noroeste Fluminense, houve inundação e enxurrada, de acordo com o secretário de Defesa Civil do município, Gedeão Bispo de Sousa. Bancos e hospitais estão fechados. “As famílias saíram de casa, foi muito rápida a enchente no Centro, derrubando muros e paredes”, disse ele.
"O nível do rio está mais de 1 metro além do normal e desde terça-feira não diminui em nada, um sinal que está represando aqui em Italva. Pouca coisa do atendimento de emergência está funcionando, somente ambulatório. Todo trabalho é no sentido de não colocarmos a população em risco de morte. Está tudo parado e as cheias não diminuem”, disse ele.
G1.com -Rio de Janeiro
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