segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Acusado de matar mãe e filha, Adriano, é preso, em São Francisco

A Polícia Militar prendeu na noite deste domingo (03), por volta das 23h, em São Francisco de Itabapoana, Adriano Conceição de Lima, o Adrianinho, acusado de matar mãe e filha no assentamento Zumbi 4, em Campelo, próximo à Travessão de Campos. Gilcilene Paes Pereira, de 44 anos, e sua filha, Isabelle Pereira Laurindo, de 11 anos, foram assassinadas em maio deste ano.

O acusado do duplo homicídio foi preso dentro da Escola-Abrigo Pinóquio, situada na praia de Guriri, na estrada que liga a sede do município à 
Barra do Itabapoana. Adriano estava com um revólver calibre 32, com três munições deflagradas e duas intactas e uma faca, e se alimentava na cozinha da escola.

Como aconteceu a prisão
Equipes da PM de São Francisco
Há duas semanas funcionários da Escola Pinóquio, uma instituição que abriga crianças carentes de São Francisco de Itabapoana, encontravam a cozinha revirada e davam por falta de alimentos. A polícia foi avisada e suspeitou que o autor do furto poderia ser Adriano, que se escondia em matas durante o dia e roubava alimentos da escola durante a noite. A confirmação ocorreu na noite deste domingo, quando moradores vizinhos a escola perceberam que a luz da cozinha estava acesa e acionaram a Polícia Militar.

Quatro equipes da PM de São Francisco chegaram ao local em poucos minutos. Os policiais, inicialmente, vasculharam o prédio e nada encontraram. Foi quando um deles resolveu verificar um sofá que estava pesado e encontrou Adriano escondido. “Ele estava deitado e encolhido”, disse um policial. Também foi descoberto que Adriano já estudou na escola-abrigo durante a adolescência.

Lucia Maria, que é diretora da escola onde Adriano foi encontrado, falou ao site Campos 24 Horas na madrugada desta segunda-feira enquanto aguardava para dar depoimento na 134ª DP/Centro, para onde Adriano foi levado após a prisão.

“Há duas semanas, ele entrava, retirava alimentos do congelador e preparava no fogão. Além disso, comia as frutas das crianças. É um folgado. Graças a Deus foi preso, pois estávamos com medo. Ele já matou mãe e filha, e estávamos pensando o que poderia fazer com as crianças da nossa escola”, disse Lucia Maria.

A diretora diz que no final da noite de domingo moradores cercaram o prédio da escola ao perceberem que a luz da cozinha estava acesa. Ao perceber que estava cercado, Adriano disparou três vezes para intimidar os moradores. Prova disso foi que o revólver encontrado com ele tinha três munições deflagradas. “A suspeita que tínhamos foi reforçada quando uma moto que ele roubou aqui na escola foi encontrada na casa do pai dele”, revelou Lucia Maria.

Do momento da prisão até a apresentação ao delegado de plantão na 134ª DP/Centro, Adriano permaneceu calado.

O tenente Frazão, da PM, que comandou a operação que resultou na prisão, informou que a polícia já suspeitava que o roubo de alimentos na escola era feito por Adriano.”Ele estava armado e roubava durante a noite para se alimentar, pois estava sendo procurado e não podia aparecer durante o dia. Prendemos um homicida que lamentavelmente tirou a vida de uma mãe e uma filha e chocou a população”, disse o tenente Frazão.

Segundo a polícia, Adriano tinha interesse em se relacionar com a menina Isabele e teria sido flagrado pela mãe quando assediava a menina.

Relembre o caso
Glicilene Paes Pereira, 44 anos, foi espancada e esfaqueada até a morte no quintal de sua casa após sua filha ter sido sequestrada na noite do dia 15 de maio, no assentamento Zumbi dos Palmares 4. Cinco dias após o crime, um trabalhador rural aposentado encontrou o corpo de Isabelle Paes Laurindo, de 10 anos, dentro de um bebedouro de animais.

Segundo a polícia, Glicilene, que foi encontrada pelo seu marido, recebeu golpes no rosto e na cabeça e pode ter entrado em luta corporal com o criminoso para tentar salvar a filha.

Revoltados com o duplo homicídio, a casa do suspeito foi incendiada pelos vizinhos das vítimas. Diante de tanta violência, o pai de Isabelle, Ubirajara Pereira, ficou internado em estado de choque.

Adriano Conceição de Lima morava a cerca de 500 metros do local do crime e foi visto pela última vez pegando ração na casa da vítima. Na residência, também foi encontrada uma sandália, esquecida pelo criminoso. O pai do suspeito foi levado para a 146ª Delegacia de Guarus e reconheceu o calçado do filho.

A polícia esteve duas vezes na casa de Adrianinho, a primeira vez encontrou uma calça, uma camisa, um par de tênis e duas munições calibre 20. As peças de roupa estavam com vestígios de material que pode ser sangue humano. Na segunda vez, os policiais apreenderam um revólver calibre 32 com seis munições e uma garrucha.

Campos 24 Horas

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