Diante da resistência do Comando de Greve, os bancos recuaram da proposição inicial de compensar todos os dias de greve em 180 dias. Por isso, eles evoluíram na discussão para a proposta do ano passado, de compensação de duas horas diárias até o dia 15 de dezembro, mas acabaram aceitando compensar no máximo uma hora extra diária, de segunda a sexta-feira, até 15 de dezembro. A nova proposta da Fenaban apresentada inclui ainda três novas cláusulas: proibição de os bancos enviarem SMS aos bancários cobrando resultados, abono-assiduidade de um dia por ano e adesão ao programa de vale-cultura do governo, no valor de R$ 50,00 por mês.
Segundo o presidente do sindicato dos Bancários, Hugo Diniz, após vários dias de paralisação, a Fenaban chegou à conclusão de que não iriam ceder.
— A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) se manifestou, esteve sempre do nosso lado e como houve acordo não tinha porque não aceitarmos o que foi oferecido e retornarmos ao trabalho na segunda — disse.
A categoria levou mais de 20 dias de braços cruzados e em São Francisco a maioria aderiu. Inicialmente os bancários reivindicavam reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação), auxílios alimentação, refeição, melhores condições de trabalho, como o fim das metas abusivas e do assédio moral, fim das demissões, mais contratações, Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários, igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras, além de PLR de três salários mais R$ 5.553,15.
Folha Online
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