Além de núcleo principal dos Khouri, todas as outras tramas paralelas se encontram em novos tempos – Valdirene (Tatá Werneck) convive com a maternidade de um jeito bem peculiar; Amarilys (Danielle Winits) tenta roubar Eron (Marcello Antony) de Niko (Thiago Fragoso); e Perséfone (Fabiana Karla) parece que vai desencalhar. Para renovar o interesse pela novela, há ainda a chegada de novos personagens, como o Dr. Herbert (José Wilker), que trouxe a oportunidade para a personagem de Carolina Kasting, Gina, enfim aparecer; e Natasha (Sophia Abraão), que vem vingar a o golpe sofrido por Nicole (Marina Ruy Barbosa).
O recurso é valioso para promover uma quebra na longa trajetória de 200 capítulos que a novela tem de cumprir. Walcyr Carrasco é mestre nesse tipo de estrutura narrativa, que aproxima a novela do seriado ao encerrar grandes conflitos com rapidez e introduzindo novos desafios para os personagens. O autor já fez algo parecido no horário das sete, quando escreveu novelas bastante ágeis, como Morde & Assopra (2011) e Caras & Bocas (2009). Em Amor à Vida aprimorou o método, criando uma espécie de segunda temporada que estreia logo após a primeira. É mais ou menos o que vemos nos grandes dramas americanos como Brothers and Sisters, cujos personagens vão se modificando com o passar das temporadas, e o que João Emanuel Carneiro fez com Avenida Brasil (2012).
Num cenário pós “felizes para sempre”, a mocinha Paloma (Paolla Oliveira) parece uma dona de casa americana dos anos 50, tentando fazer um bolo – para quem já passou por transplante, foi presa e internada em clínica psiquiátrica só pode ser o paraíso. Também diferente de antes, Eron se tornou mais másculo desde o nascimento do filho de Amarilys. Mas ninguém teve transformação tão profunda quanto o Ninho, que numa viagem a Nova York passou de hippie encardido a protótipo de Johnny Depp.
Veja - Coluna Quanto Drama
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