quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Polícia Federal encerra investigação sobre PanAmericano com 22 indiciados

A Polícia Federal encerrou a investigação sobre o esquema de manipulação de balanços do Banco Panamericano, ex-banco do apresentador Silvio Santos, com 22 indiciados. Entre eles estão cinco principais ex-diretores do banco, três ex-funcionários e um ex-presidente do Grupo Silvio Santos pela prática dos crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e crimes financeiros.

Outros seis ex-diretores do banco e dois executivos do Grupo Silvio Santos foram indiciados por crimes de gestão fraudulenta e “caixa dois”. De acordo com a PF, cinco pessoas foram identificadas como “laranjas”, sócios de empresa de fachada, e também foram indiciadas pelo crime de formação de quadrilha.

Os indiciados, caso condenados, poderão responder, na medida de suas participações, a penas que, somadas, poderão chegar a trinta e um anos de reclusão.

A megafraude gerou um rombo bilionário e foi descoberta pelo Banco Central (BC) na contabilidade do banco no fim de 2010.

A Justiça Federal decretou o bloqueio de mais de R$ 21 milhões em investimentos dos envolvidos. Além disso, estão indisponíveis bens móveis e 29 imóveis pertencentes aos indiciados. três embarcações que estavam em nome de uma empresa foram sequestradas. Caberá à Justiça decidir quanto à alienação antecipada de todos os bens.

O inquérito policial foi encerrado e seguiu para o Ministério Público Federal.

Fio da meada
No início de novembro, em meio a rumores de que estaria prestes a quebrar, o Banco PanAmericano, especializado em financiamento de automóveis e empréstimos consignados (com débito em folha), com forte atuação junto às classes C e D, informou que receberia um aporte de R$ 2,5 bilhões do Grupo Silvio Santos, seu principal acionista controlador.

Os recursos foram tomados do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), criado pelos próprios bancos para proteger correntistas e poupadores, depois de terem sido verificadas "inconsistências contábeis".
Segundo o Banco Central (BC), havia duplicidade de carteiras de crédito nos balanços, ou seja, o PanAmericano vendia carteiras de crédito para outras instituições, mas continuava contabilizando esses recursos.

O BC chegou a considerar intervir no banco, o que foi descartado após pedidos do grupo controlador. Para obter o financiamento inicial de R$ 2,5 bilhões do FGC, o empresário teve de apresentar como garantia mais quatro empresas, além do próprio PanAmericano: Baú Financeira, Liderança Capitalização, Jequiti (da área de cosméticos) e SBT, avaliados em R$ 2,7 bilhões. Recentemente, novos rumores apontaram que o rombo no banco seria ainda maior, de R$ 4 bilhões.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/pf-encerra-investigacao-sobre-panamericano-com-22-indiciados-3914065#ixzz1loFEayvW 

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