Cinco casos do sorotipo 4 da dengue foram confirmados no domingo(03), em Campos pelo coordenador do Centro de Referência da Dengue (CRD), médico Luiz José de Souza, sustentando informação da colunista Maria Ester Balbi, de O Diário, que antecipou informação relativa a quatro casos. Ele participou de coletiva à imprensa na Secretaria Municipal de Saúde, ao lado do secretário Geraldo Venâncio e o diretor do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) César Sales. “Os sorotipos 1 e 4 são mais brandos e facilmente confundidos por seus sintomas, que são bem semelhantes, como manchas avermelhadas, coceiras, diarreia e, algumas vezes dor de cabeça. Mas o 4, apesar de brando, merece cuidados por se tratar de um sorotipo novo na região. A população não está preparada imunologicamente”, explicou.
De 17 amostras enviadas em maio à Fiocruz, 10 foram confirmadas com o sorotipo um e cinco com o 4. As demais deram negativo. O último resultado foi o de um paciente supostamente contaminado durante visita ao Rio de Janeiro.
Segundo Luiz José, somente este ano foram confirmados 408 casos de dengue em Campos, dentre eles, sete do tipo hemorrágico. Os meses de abril, maio e junho são vistos como período de pico no município. Foram 36 casos em janeiro, 28 em fevereiro, 72 em março, 102 em abril, 168 em maio. Por enquanto, junho segue com dois casos.
“Os índices são oito vezes menores que no mesmo período do ano passado. Mas em caso de suspeita, é fundamental a pessoa procurar o posto de saúde mais próximos, para que técnicos especializados identifiquem qual o tipo da doença. Nas primeiras suspeitas, a hidratação é primordial”, recomendou o coordenador.
Medidas preventivas e campanhas educativas
Para o secretário Geraldo Venâncio, não há previsão de epidemia, mas de casos constantes por todo o mês. “Em 2008 tivemos cerca de 8 mil casos confirmados e três óbitos. Os números de 2012 são favoráveis, com redução significativa comparado aos demais anos. E o principal fator é a imunidade ao tipo 1, que é mais encontrado no município”.
No dia 17 deste mês, um mutirão será realizado nos bairros. “Há 15 dias o CCZ nos enviou a relação de todos os terrenos baldios existentes a receberem tratamentos neste dia. A secretaria de obras também já se programa. As secretarias de saúde e educação têm ajudado a orientar a população, que deve estar engajada nesta causa”, completou o secretário.
De acordo com o diretor do CCZ, César Sales, cerca de 500 agentes de endemias trabalham na prevenção ao mosquito, por meio de mutirões e visitações às residências, de segunda a sexta-feira. “Estamos atentos a esses números e medidas estão sendo adotadas para eliminarmos os criadouros do mosquito. Com a Campanha “Dez minutos por Semana”, a população é orientada a exercitar o ato de amor à família e vizinhos”, disse Sales, destacando a importância do trabalho da população no controle da doença.
O Diário
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