quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Comer alimento gorduroso no verão pode provocar infecções gravíssimas

Pipoca recheada com queijo e bacon, coxinha de frango, hot dog, maionese e outros alimentos gordurosos podem fazer o seu verão virar tempestade. A alta temperatura não combina com esse tipo de alimentos, que se produzidos e armazenados incorretamente desenvolvem bactérias que ingeridas podem levar a morte.

Além de causar dor de barriga, febre e vômitos, a infecção pode atingir um nível mais perigoso para a saúde e causar fraqueza muscular, alteração na pressão arterial e até a um infarto. O alerta foi feito pelo endocrinologista, Luiz Elpídio Martins Manhães.

“Agora você imagina calor, estresse do dia a dia e fritura juntos. É uma bomba relógio. A quentura associada ao aumento da termogênese [Capacidade de equilibrar a temperatura interna do corpo com a do meio ambiente] prejudica a absorção desses alimentos mais pesados e pode muitas vezes causar indisposições, como desidratações sérias”, advertiu Luiz Elpídio.

O médico revelou quais alimentos devem ser inseridos no cardápio para a estação mais quente do ano.

“Como todos já sabem o ideal é comer alimentos leves, por exemplo, frutas, verduras, legumes, carnes leves (peixe assado, grelhado ou ensopado), frango e peru. A carne vermelha pode entrar nas refeições duas vezes por semana e o recomendado é que a pessoa escolha a parte magra. Mas, também não vai estragar o churrasquinho do final de semana. É só seguir as recomendações que as refeições vão continuar saborosas. O recomendado também é que a água ou o suco seja ingerido 15 minutos antes e 30 depois da refeição. Em caso de exceção, ele pode ser ingerido meio copo do líquido em pequenos goles, para evitar depois a sensação de inchaço e desconforto”, disse descontraído.

Ele ainda acrescentou: “Sei que a vida de muitas pessoas é corrida e algumas não têm condições de almoçar na rua todos os dias. Se não tiver alternativa, o recomendado é que ela escolha um salgado assado e um suco, sem o acompanhamento da “querida” maionese e o ketchup”, orientou. 

De acordo com o endocrinologista, as bactérias se desenvolvem em alimentos mal conservados e higienizados. Analisar o local onde o alimento está sendo vendido é importante para não adquirir a contaminação.

“Os clientes têm que ser atraídos pela higiene e a qualidade dos alimentos dos estabelecimentos, mas muitas vezes eles vão pelo preço. É aí que está o erro. Os produtos precisam estar bem armazenados, na temperatura correta. Caso contrário, a bactéria nasce, se desenvolve ali e depois vai parar dentro do organismo da pessoa. Essa orientação também serve para os salgados vendidos na beira de praia. O resultado disso é o tratamento com antibiótico ou a internação. Em casos mais graves, o paciente fica no hospital porque perdeu muito líquido e isso pode causar até um choque através da diminuição de volume sanguíneo ou se a infecção se generalizar a pessoa pode vir óbito”, frisou.

Engana-se quem pensa que o perigo só existe na rua. Ele pode estar mais perto do que se espera, dentro do lar. Sabe aquele copo de requeijão usado no café da manhã? Então, se ele estiver na geladeira e ficar meia hora ou mais fora da temperatura ideal, o prazo da validade reduz. Ou seja, se a indicação de validade é de cinco dias, agora ele só pode ser ingerido em quatro dias.

Ururau

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