sábado, 24 de dezembro de 2011

Em depoimento, jogador Adriano desmente mulher que diz ter sido baleada por ele

A mulher que foi baleada na mão dentro do carro do jogador de futebol Adriano ao saírem de uma boate voltou a dizer, na tarde deste sábado (24), em depoimento à polícia, que o disparo foi feito quando a arma estava com o atacante do Corinthians. Adriene Cyrilo Pinto, de 20 anos, foi ouvida pelo delegado adjunto da Delegacia da Barra da Tijuca (16ª DP), Carlos César dos Santos, no Hospital Barra D'Or, na zona oeste do Rio de Janeiro, onde permanece internada e passará por cirurgia na próxima terça-feira (27).
A vítima alegou que o atleta estava no banco de trás do carro. As outras cinco pessoas que estavam no veículo contradizem a versão dada pela mulher, afirmando que ele estava no banco do carona. Ela admitiu que chegou a pegar a pistola calibre 40, mas devolveu em seguida para Adriano, como conta o delegado.
- Segundo ela, e ela é a única que diz isso, a arma estava sendo manuseada pelo Adriano quando houve o disparo.
O jogador Adriano esteve no hospital, onde ficou por cerca de três horas. Ele também foi ouvido por Santos, a quem fez outro relato. Na versão do atleta, ele estava no banco da frente (carona) quando houve o disparo e as quatro mulheres estavam no banco de trás, entre elas, Adriene, com a arma. Isso é o mesmo que dizem as outras jovens que estavam no carro - Adriana Ximenes e Daniele Pena, ambas de 28 anos. 
O tenente reformado e segurança de Adriano, Júlio César Barros de Oliveira, 25 anos, que dirigia a BMW e é o dono da arma, contou em depoimento que, antes de entrar na boate, a deixou embaixo do banco e que ela deslizou para o pé da vítima durante a movimentação do veículo. O segurança disse não saber quem efetuou o disparo e que não emprestou a arma para ninguém.

Assim como Oliveira, outra testemunha, a amiga de Adriene, Viviane Faria de Fraga, 23 anos, que também estava no carro, disse à polícia que não viu quem disparou a arma. 
Segundo o delegado, as versões das testemunhas se contradizem e dificultam as investigações. Peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli colheram material nas mãos de Adriano e da vítima para verificarem resíduos de pólvora, além de realizarem a perícia no carro do jogador, recolhendo o projétil que atingiu a mulher e analisando de que direção partiu o tiro.
Ainda de acordo com Carlos César dos Santos, se for comprovado que Adriano atirou, mesmo que acidentalmente, ele responderá por lesão corporal culposa (sem intenção de matar).
A arma é de uso exclusivo das Forças Armadas. Oliveira é chefe da equipe de seguranças de Adriano e tenente reformado da Polícia Militar. Segundo a PM, mesmo estando na reserva, o porte de arma dele é legal.
Uma pré-perícia no veículo localizou a bala no forro do carro. A lataria não foi perfurada porque o carro é blindado.





R7.com - Rio de Janeiro

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