A goleada implacável de 4 a 0 que o Barcelona aplicou sobre o Santos, ontem (18), na final do Mundial de Clubes, impressionou pela visível desigualdade entre as equipes e encantou até olhos acostumados a grandes espetáculos. E mesmo veteranos do futebol com anos de rodagem por alguns dos principais esquadrões da história, como o próprio Santos de Pelé e o Botafogo de Garrincha, já enquadram o Barça entre os grandes do esporte.
— Achei aquilo que todo mundo achou do jogo: uma soberania incrível, ganhou com méritos e ficou até barato, porque o goleiro do Santos agarrou muito. Torcia para o Santos, claro, mas até conforta perder para uma equipe com essa exibição — admirou Pepe, bicampeão mundial pelo Santos.
Os decanos do futebol ainda ressaltam que, com o massacre de ontem, o Barcelona evidenciou que o principal componente do futebol é a coletividade, para além de destaques individuais — o que sobra no Barça de Xavi, Messi e Iniesta. Para Carlos Alberto Torres, capitão do Brasil em 1970, a lição que se aprende enfrentando os catalães é precisa: o simples é sempre melhor.
— Pude enfrentar e jogar com os melhores do mundo: Pelé, Beckembauer, Zico... E o que faziam? Jogavam simples, tocando e recebendo. O Barcelona é o feijão com arroz: é assim. E, claro, é preciso muita disciplina para seguir 100% das ordens do técnico.
Já Andrade admitiu que esperava pela vitória do Barcelona, pela disparidade em relação à equipe santista:
— Realmente vimos uma aula de como jogar futebol. Acompanho o Barcelona há muito tempo, gosto de assisti-lo jogando. Parecia até que uma equipe profissional jogava contra uma amadora. O Santos só ganharia se estivesse em uma noite inspirada, e o Barcelona errasse tudo.
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