quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Ciclistas argentinos passam por Campos em cruzada das três Américas

A busca da realização de um sonho a vontade de conhecer a própria capacidade física e emocional motivou a história de Gustavo Nemitz de 29 anos e de Santiago Sarmento de 34 anos, que saíram do seu país, a Argentina, e decidiram conhecer as três América de uma maneira super diferente. 

Em cima de uma bicicleta, os amigos saíram no dia 15 de outubro de Buenos Aires cruzando o Uruguai e chegando ao Brasil pelo Rio Grande do Sul. Parando em várias cidades e ficando um dia em cada uma delas, os argentinos estão subindo pela costa brasileira, percorrendo 100 quilômetros por dia em cerca de sete horas de pedaladas diárias, o que no final da aventura, com término previsto para daqui a dois anos e meio, somará um total de 60 mil quilômetros percorridos.

Na noite desta terça-feira, a dupla chegou a Campos, depois de pedalarem cerca de 3.520 quilômetros, passando por mais de 50 cidades diferentes. Em cada parada, os dois argentinos contam com o apoio das pessoas para encontrarem um lugar para comer e dormir. Em Campos, o apoio veio através do 5º Grupamento do Bombeiro Militar.

Já na sua penúltima parada em Macaé, os amigos contaram com a colaboração de um proprietário de oficina mecânica, onde a dupla deu uma parada para a manutenção das bicicletas. Contando o que estavam fazendo na cidade, na mesma hora conseguiram uma casa para passarem a noite.

Os ciclistas corajosos revelaram ao Site Ururau que são pessoas comuns, que não são ricos, que vivem da música e que simplesmente tiveram uma idéia e foram realizar. Eles disseram ainda que procuram passar isso para as outras pessoas. 

“Quando chegamos a uma cidade, procuramos ir a algumas escolas, conversamos com a diretora, explicamos o nosso objetivo, pedimos autorização para dar uma palestra aos alunos sobre ecologia e contar a esses jovens sobre o sonho que estamos realizando, incentivando eles a lutarem pelos seus ideais incluindo no final músicas brasileiras e argentinas,” revelou o ciclista.

Sem o uso do GPS, Gustavo e Santiago que não são profissionais e praticam uma espécie de cicloturismo, chegam aos lugares com a colaboração de um mapa de papel e se orientando através da ajuda da população dos locais por onde passam.

Com o próximo destino ainda não definido, carregam em suas bikes, barracas, material para fogueira, chuveiro de camping, sacos de dormir, instrumentos musicais, mantimentos, além dos sete litros de água mineral que bebem por dia. Tudo isso, com o patrocínio de lojas de equipamentos esportivos argentinos.

Finalizando de uma maneira bem descontraída, os cicloturistas deixaram de lado a rivalidade entre Brasil e Argentina e enalteceram um ponto em comum que perceberam entre os dois países: os péssimos motoristas e o trânsito caótico, mas elogiaram o Brasil, ressaltando a nitidez do crescimento, através das obras que viram pelas cidades onde já passaram.




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