sábado, 15 de março de 2014

Festa do Santíssimo Salvador, em Campos, entra oficialmente no calendário estadual

“Na Comissão de Constituição e Justiça há inúmeros pareceres de vários projetos. Desses inúmeros projetos que ali tramitam a inclusão de datas comemorativas no calendário oficial do Estado do Rio de Janeiro é uma modalidade frequente. Para minha surpresa, o dia 06 de agosto não constava neste calendário. Então apresentei um projeto de lei incluindo a data, Dia do Santíssimo Salvador, a qual foi aprovada pela Alerj e sancionada pelo governador tornado-se lei. Quem me ajudou foi o ex-deputado Fernando Leite, que foi quem preparou a justificativa e tantas razões para se inserir a data agora no calendário oficial do estado”.

Com estas palavras o deputado estadual Geraldo Pudim entregou na manhã desta sexta-feira (14) ao Bispo Dom Roberto Ferrería, uma cópia da lei 6678/14, reverenciando a aprovação da lei, documento este que celebra as razões pelas quais o município tem como seu padroeiro, Jesus Cristo.

Ao ler o documento Dom Roberto afirmou que o a justificativa da lei descreve a real história pela qual se consolidou o Santíssimo Salvador, o padroeiro de Campos, bem como os festejos em sua homenagem.

“Quando falamos Santíssimo, sempre é para Deus. Esse aumentativo só se dá a Deus, o Salvador. Agora a razão da escolha do Santíssimo: existe uma crônica na qual havia uma pessoa entre os pioneiros da cidade que se chamava Salvador, mas é lógico que não é isso, assim como existem outros exemplos, como São Pedro Alcântara, que era o Padroeiro do Brasil antes de Aparecida (Nossa Senhora da Conceição Aparecida), e foi escolhido em razão do imperador, que se chamava Pedro, como em vários países o padroeiro assumia o nome do imperador ou do fundador da cidade. Aqui em Campos em especial, Salvador porque é Jesus, só há um Salvador, que é Jesus”.

Em 2014 a Festa do Santíssimo Salvador completará 362 anos. “A festa que é muito antiga cresceu com a cidade e diria que com toda região. É um patrimônio cultural, com a praça, a igreja, a realização da festa do ponto de vista da poesia, da música, de toda a preparação e plasmou para o que se chama a alma da cidade. A gente se orgulha em ter o Santíssimo Salvador como padroeiro de nossa cidade, porque queira ou não, a população do estado do Rio de Janeiro é profundamente cristã. Então ter um padroeiro que é o próprio Jesus Cristo só nos da uma inspiração de valores fundamentais que são a justiça, o amor, a paz, a bondade que fazem crescer, digamos, a nossa convivência”, afirmou o chefe da diocese.

Dom Roberto destacou ainda a atuação do deputado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), em defesa dos usuários de crack. “Hoje o grande problema que nós enfrentamos é o das drogas, e quero aqui agradecer o seu trabalho indo ao encontro dessa luta, estando empenhando nesse trabalho de libertação de nossos irmãos dependentes. O crack entrou de uma forma violenta e tudo que venha a enobrecer e a promover a pessoa humana é sempre bem vindo, e sabemos de seu esforço, e sem o viés religioso e espiritual, não há solução”.

Pudim ressaltou que o trabalho conjunto é o melhor caminho para uma solução" “Há os que defendem que os governos com algumas ações recuperam, mas não vi um ser recuperado, mas vi a fé, a religião, as comunidades terapêuticas recuperarem, e eu acho que o caminho é esse, nessa parceria do Poder Público com as comunidades terapêuticas, as igrejas e a sociedade de uma forma geral”.

Já o Bispo reforçou a tese do trabalho conjunto e destacando que as partes tem cada um, seu papel: "A droga é uma fuga para se preencher um coração vazio, e o coração está vazio se não aceita Deus, se não aceita a transcendência, aquela finalidade última a qual todos nós somos chamados. Sem Deus não se pode edificar uma cidade, educar uma família, não há um governo que possa ser duradouro”.

Folha Online

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