Agora, um estudo publicado no periódico British Medical Journal examinou esses hábitos em mais de 2 mil pessoas com idades entre 30 e 69 anos durante três anos. Para a equipe de pesquisadores australianos envolvida no estudo, que analisou questionários e observou o modo como os participantes se alimentavam, a rapidez com que a pessoa come e o nível de satisfação que ela indica ser o suficiente para parar de comer pode indicar o risco de obesidade.
Aproximadamente 50,9% dos participantes homens e 58,4% das mulheres diziam comer até se sentirem completamente cheios. Entre os homens, 45,6% comiam muito rápido, sendo que entre as mulheres esse número era de 36%. Aqueles que estavam em ambos os grupos, comendo rapidamente até se sentirem cheios, tinham um índice de massa corpórea (IMC) muito maior do que os que comiam até estarem cheios, mas não o faziam muito rápido. Ambos os grupos tinham IMC maior do que os indivíduos do grupo controle, ou seja, aqueles que paravam de comer antes de sentirem o estômago pesado e com velocidade moderada.
Esses hábitos associados, dizem as pesquisadoras Elizabeth Denney-Wilson e Karen Campbell, da Universidade de New South Wales, na Austrália, parece ser um caminho rápido para o sobrepeso e, consequentemente, a obesidade.
Para as autoras, os profissionais de saúde deveriam educar os pais para que eles ensinem aos filhos hábitos como comer devagar e se servir de porções pequenas. Além disso, como já se sabe por intermédio de diversas outras pesquisas, as refeições em família e deixar de lado as distrações durante o horário que se come também são hábitos importantes para diminuir a velocidade de ingestão de alimentos.
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