sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Estudantes recorrem à Justiça para tentar mudar suas notas no Enem

Os últimos momentos antes do Sisu (Sistema de Seleção Unificada) têm sido de aflição e expectativa para muitos estudantes. O processo de inscrição - porta de entrada para muitas universidades, inclusive a UFRJ - começa à 0h de sábado, mas muitos candidatos ainda estão tentando modificar as notas de suas redações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para ter mais chances na concorrência.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), há 16 recursos tramitando na Justiça com relação à redação do Enem 2011. Em Niterói, um aluno do cursinho pré-vestibular do pH terá seu destino decido nesta sexta-feira. O estudante, que preferiu não se identificar, teve sua redação anulada.

- Foi um baque enorme quando vi o resultado! Acionei a Justiça e, numa primeira instância, o advogado conseguiu uma liminar obrigando o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) a conceder a vista de prova.
De posse de seu texto, o jovem o mostrou a vários professores, que não concordaram com a justificativa do MEC para sua nota zero: a fuga ao tema. Seu advogado entrou nesta quinta-feira com mais um pedido, este para a revisão da redação, e o resultado sairá em 24h. O aluno do pH, que está prestando vestibular para Medicina pela segunda vez e teve um bom resultado na prova objetiva, está inconformado.

- Ano passado tirei 785, como posso ter piorado após um ano de preparação? Me dediquei muito, fiz mais de 20 redações do estilo do Enem. Se eu não passar, não sei o que faço. Vou estudar mais um ano para, no final, ter que contar com a sorte? Eu estou me sentindo à deriva.

O sentimento de impotência é geral entre os vestibulandos. Os alunos questionam a decisão do MEC de não permitir vista nem revisão da redação do Enem. A prova é corrigida por dois corretores e, se houver uma discrepância de mais de 300 pontos, a redação passa por um supervisor, cuja nota substitui as outras. Se a discrepância for menor, é realizada uma média das notas.

Na última quarta-feira, porém, uma notícia renovou a esperança dos jovens. O estudante paulista Marcelo Cerqueira de Oliveira, de 17 anos, conseguiu a revisão de sua redação. Com uma ação judicial ajuizada por uma advogada da Escola Lourenço Castanho, sua nota mudou de 0 para 880. Este foi o primeiro pedido de revisão atendido: em 2010, tramitaram 28 pedidos na Justiça, mas nenhum foi deferido.


Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/educacao/vida-de-calouro/em-cima-do-lance-estudantes-recorrem-justica-para-tentar-mudar-suas-notas-no-enem-3581136.html#ixzz1igJlwavv

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