sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Rio Paraíba continua baixando, mas situação ainda é de alerta máximo

Parte do asfalto que não aguentou a força da água e se rompeu, em Três Vendas. (Foto: Campos 24 Horas)

De acordo com a última medição do Rio Paraíba, feita na manhã desta sexta-feira (06), o nível das águas continua baixando, e chegou a 9,95m, apenas cinco centímetros acima do nível de transbordo, mas por conta das previsões de chuva para o final de semana, a Defesa Civil de Campos continua trabalhando em alerta máximo, principalmente com relação à localidade de Três Vendas.

De acordo com o comandante da Defesa Civil em Campos, Henrique Oliveira, o Rio Muriaé está estável, mas ainda não desceu no município, portanto, as águas que invadiram a localidade de Três Vendas na tarde desta quinta-feira (05), ainda não tem previsão de retroceder.

A maior preocupação dos agentes da Defesa Civil é com as famílias inteiras que se recusaram a abandonar suas casas e passaram a noite nas lajes. De acordo com o comandante o risco maior é de que a estrutura dessas casas, muitas delas construídas sem um planejamento correto, não resistam e acabem por desabar.

Na manhã desta sexta os trabalhos da Defesa Civil em parceria com o Corpo de Bombeiros e Exército serão direcionados para atender a essas pessoas e tentar convencê-las a se abrigarem num lugar seguro, já que ainda há previsão de chuva na cabeceira dos rios durante todo o final de semana, o que pode fazer as águas a subirem novamente.


Três Vendas (Foto: Campos 24 Horas)
Três Vendas (Foto: Campos 24 Horas)

Foto: Ururau
Para que a água que tomou a localidade de Três Vendas seja retroceda, é necessário que o Rio Paraíba chegue a pelo menos 8m para dar vazão às águas do Muriaé, que invadiram o local que depois da enchente de 2008, levou quatro meses para voltar à normalidade.


“Eu vou tentar convencer essas pessoas a saírem de suas casas e irem para abrigos, casas de parentes, praia. Eu as levo para onde elas quiserem. Vou fazer o máximo para retirá-las dessa situação de risco que escolheram,” finalizou Henrique Oliveira.

Muitas pessoas passaram a noite abrigados em marquises e pela manhã, muitos voltaram às suas casas, utilizando barcos, único meio de transporte possível, na tentativa de resguardar alguns objetos que ficaram para trás. Segundo alguns moradores, também durante a enchente de 2008, muitas casas foram saqueadas enquanto os proprietários estavam em abrigos. 

O único ponto que não alagou foi a área, próxima à Igreja Pentecostal, onde o Exército e os Bombeiros montaram suas bases.

                                                  A RETIRADA DAS FAMÍLIAS
Foto: Ururau
Cerca de 300 homens dos Bombeiros, Exército, Defesa Civil, Guarda Municipal e do Centro de controle de Zoonozes (CCZ), secretaria de Limpeza Pública e mais 60 funcionários da empresa Vital participaram da retirada das famílias desabrigadas de Três Vendas.

Também foram utilizados oito barcos dos Bombeiros, um helicóptero do Estado, dois mergulhadores e quatro guarda-vidas. Durante a madrugada equipes do Corpo de Bombeiro permaneceram de prontidão para atender às famílias que permaneceram em suas casas.

No alto do Morro do Tirranha, quatro barracas do Bombeiro foram montadas e utilizadas como base na triagem dos moradores. Mais 30 estão preparadas para serem montadas em caso de urgência.


Foto: Ururau
Ururau

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