Dom Orani revelou que Bento XVI já havia dito reservadamente, em encontro com bispos, que poderia não participar da Jornada. “Ele disse que o papa está sempre presente na jornada e afirmou que, se não viesse, o sucessor viria. Ficamos pesando no que aquilo poderia significar, mas não imaginamos que poderia ser uma renúncia”, disse dom Orani, em coletiva de imprensa após a celebração de uma missa.
“Os trabalhos para a Jornada Mundial continuam. Os jovens podem continuar arrumando as malas. Na jornada mundial da Alemanha isso também ocorreu. Um papa preparou e outro participou", disse, referindo-se à jornada em Colônia, em 2005, quando Bento XVI participou do evento preparado por João Paulo II.
Dom Orani agradeceu a Bento XVI pela escola do Rio para a realização da Jornada Mundial da Juventude e disse que rezará pelo papa e por seu sucessor. “A Arquidiocese agradece a Deus pela vida do papa Bento XVI e por ele ter escolhido a cidade para ser a sede da jornada. Rezamos por ele e por seu sucessor”, disse o arcebispo do Rio, que definiu a atitude de Bento XVI como “um exemplo para a humanidade”. “Todo mundo sabe que ele está doente, com dificuldades para se locomover. Vejo a renúncia como um exemplo para tantas pessoas que se agarram ao poder”, concluiu.
A Prefeitura do Rio divulgou nota informando que a "a preparação da Cidade para a realização da Jornada Mundial da Juventude está mantida".
A Jornada Mundial de Juventude transformará o Rio no Centro mundial da peregrinação de católicos. O papa Bento XVI realizaria a missa de encerramento, em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, a aproximadamente 50 quilômetros do centro do Rio. O arcebispo do Rio afirmou que o Rio de Janeiro poderá ser uma das primeiras cidades visitadas pelo novo pontífice. De acordo com o porta-voz do Vaticano, Padre Federico Lombardi, a Igreja Católica deve ter um novo Papa até a Páscoa, no próximo dia 31 de março.
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