quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Eleições 2014: Sérgio Cabral quer aliança com petistas

O senador Lindbergh Farias(PT) e o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral(PMDB)
O governador Sérgio Cabral defendeu durante o Carnaval a aliança PMDB-PT na eleição estadual de 2014. Ele frisou que o seu vice, Luiz Fernando Pezão(PMDB), é o candidato ao governo do estado. Pelo PT, o senador Lindbergh Farias tenta viabilizar a sua pré-candidatura, o que poderá levar a um rompimento com o governo Cabral.

— Nós temos um candidato sério, honesto e experiente que é o Pezão. Tenho o maior carinho e respeito pelo senador Lindbergh pelo trabalho que ele tem feito em Brasília. É natural que ele queira ser candidato. O meu desejo é que a gente consiga repetir a aliança que me elegeu em 2006 e 2010. Vamos ver. Isso é um processo. Vamos chegar lá. Temos um excelente candidato — disse Cabral.

Por sua vez, Pezão tem agradecido o apoio recebido, afirmando ter muito orgulho de ser membro do partido e do governo. “Se eu for mesmo confirmado candidato em 2014, vou andar de cabeça erguida nos 92 municípios, porque sei da importância do trabalho que desenvolvemos. Vamos continuar nosso programa, porque oito anos é pouco. Sofremos com 40 anos de abandono, de brigas com Brasília, e hoje somos referência para todo o país”, diz Pezão.

Mas engana-se quem pensa que Lindbergh vai abrir mão da candidatura. No final do ano passado o PT do Rio lançou Lindbergh como pré-candidato e deixou claro que não vai voltar atrás. Atento ao desafio, Lindbergh, que trabalha nos bastidores para unificar os partidos da base em torno de sua candidatura, minimiza. “Essa questão dos palanques divididos é um problema, mas é um problema bom. Problema ruim é não ter palanque. É natural que uma base tão ampla quanto a do governo federal tenha vários candidatos disputando. Na reeleição do Lula, ele conseguiu unir Humberto Costa (PT) e Eduardo Campos (PSB) em um mesmo palanque, quando ambos disputavam o governo de Pernambuco. No Rio, ele foi a dois palanques em dias diferentes, um com Crivella, outro com o Vladimir Palmeira”, afirmou o senador.

Pré-candidatos — Além de Pezão e Lindbergh, a disputa pelo governo também pode contar com o deputado federal Anthony Garotinho (PR) e o ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB). Segundo Crivella, a largada só depende de uma sinalização de seu partido e do aval da presidente Dilma.

Paes: “Os populistas não podem voltar”
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), que se reelegeu no ano passado, no primeiro turno, é um dos principais defensores da candidatura de Pezão. “Temos que começar a trabalhar pela eleição do Pezão em2014”, discursou o prefeito do Rio em recente evento do PMDB. Segundo Paes, os “governos anteriores” não podem voltar.

— Em 2014 não podemos brincar de aventura, arriscar a volta da demagogia, do populismo e da hipocrisia na política fluminense”, pontuou Paes, acrescentando que será um incansável cabo eleitoral do atual vice-governador nas eleições estaduais.

No início deste ano Paes se encontrou com o ex-presidente Lula e discutiu a sincronização da campanha pela reeleição da Dilma com a eleição do sucessor de Sérgio Cabral. Lula falou muito bem de Lindbergh. Eduardo Paes rebateu dizendo que Cabral e ele, juntos, não perderão eleição.


Folha Online

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