domingo, 31 de março de 2013

Páscoa: tempo de paz, renovação e celebração da ressurreição de Cristo


A Páscoa é um importante momento de reflexão e reavaliação dos valores para uma vida plena e nova, por significar a passagem da morte para a vida eterna, através da ressurreição de Cristo.

Se para o comércio essa é uma das grandes oportunidades de alavancar as vendas e um dos períodos do ano para aumentar ainda mais a lucratividade, para a Igreja esse é um momento de muitas orações, entrega, renúncia e também de comemoração.

De acordo com o Bispo Dom Roberto Francisco Ferrería Paz, a Páscoa é a festa principal para os cristãos.

“Ela celebra o mistério central da Fé, que é a ressurreição de Jesus, o êxodo definitivo da morte para a vida, o acesso a vida de Deus, a uma vida sem fim, plena”, disse ele completando que a Semana Santa é a semana maior do ano litúrgico por ser o marco preparatório dessa grande solenidade.

“O coração da Semana Santa é o Triduo Pascal (quinta-feira, sexta-feira Santa e sábado de Aleluia), que celebra Cristo que se entrega e sofre a paixão, Cristo que morre e ressuscita. São três aspectos do mesmo mistério que não dá para separar. Lógico que, nós também identificamos com esse Cristo ressuscitado, temos que fazer essa passagem, essa travessia e renascer, ressurgir para uma vida mais plena, mais livre, sem as amarras ou condicionamentos que muitas vezes as estruturas nos colocam, ou até a nossa mediocridade de não buscar um horizonte mais transcendente. Então, a Páscoa dá sentido a nossa fé, que é uma caminhada rumo a essa vida integral, plena, nova em Cristo”, explicou Dom Roberto.

Na religião católica, os cristãos fazem uma dupla penitência de dois dias de jejum e abstinência de carne no ano. Segundo Dom Roberto, o jejum sempre foi para a tradição Hebraica da qual a Cristã é herdeira, o momento de esvaziamento para pensar em Deus. A abstinência tem o sentido que a carne ou o sangue pertence a Deus. Por isso, a liberação do peixe, que não é um animal que sangra.

“Nós fazemos jejum na quarta-feira de cinzas começamos a quaresma, um período de penitência, e o jejum é uma das obras de penitência. A sexta-feira Santa porque nos reunimos à morte do Senhor e vivenciamos a morte em nós, e por isso, o jejum e a abstinência de carne. Também tem o sentido de morrer o homem velho para renascer o homem novo. É um gesto religioso não comer carne nesses dias”, disse.

Os significados de períodos como a própria Páscoa e o Natal estão cada vez mais sendo esquecidos por algumas pessoas, que ficam apegadas apenas na materialidade dos ovos de chocolate, além de comidas típicas como o bacalhau, sem sequer remeter e se apegar aos reais sentidos religiosos.

“Em primeiro lugar, temos que resgatar a Fé, é o principal. A Páscoa não é um ritual, no qual nós comemos ovos de Páscoa. Cristo não ressuscitou para que comêssemos ovos de Páscoa. Eles tinham sentido para expressar a caridade, o novo relacionamento entre as pessoas, a partir do Ressuscitado. As pessoas levavam os ovos para os mosteiros e deixavam de comer na Quaresma. Lá eles eram pintados e decorados e entregue para os povos como sinal da vitória de Cristo na Páscoa. Era um sinal de caridade e amor. Hoje virou exatamente um comércio, uma tradição do coelhinho da Páscoa que não tem em si uma influência direta com Cristo. Evidente que, se pensou nele pela fecundidade da vida, e por isso, simboliza a nova vida, mas ficar no coelhinho sem Cristo, é como no Natal esquecer a Jesus e falar do Papai Noel. Por isso que é necessário evangelizar os símbolos a partir do amor de Cristo, porque qual o sentido que Cristo morreu na cruz? Para nos dar um sinal definitivo do amor do Pai, indicando um caminho de volta, para nos reconciliar com Ele”, concluiu.

Religião Evangélica

A Igreja Evangélica também celebra a Páscoa, que representa a morte do Cordeiro de Deus para que haja a libertação.

“O sentido da Páscoa deveria ser de libertação, porque Deus preparou o povo desde o Egito para a redenção de Cristo. A Páscoa celebra o memorial da libertação que Deus deu ao povo antigamente no Egito, e para nós principalmente, Jesus morreu na cruz, para que todo aquele que crê Nele, seja salvo”, disse o Pastor auxiliar da Igreja Semear, Eraldo Gomes.

A data é celebrada através de uma grande festa com louvores e danças, conforme a programação da Igreja.

“A festa acontece no começo de abril. A sexta-feira Santa é considerada por nós. É celebrada com alimentos, cada um com sua família em casa, todos juntos”, explicou.

Que a alegria da Ressurreição de Jesus Cristo esteja em seu coração hoje e sempre!
Feliz Páscoa!
Blog do Júlio

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