A fumaça saindo pela chaminé da Capela Sistina foi observada por milhares de pessoas que aguardavam na Praça de São Pedro. Quando o novo Pontífice for escolhido, a fumaça será branca. As reuniões do conclave serão retomadas na manhã desta quarta-feira e continuarão até que haja um eleito. Já era esperado que o primeiro dia terminasse sem que um nome fosse escolhido. Especialistas acreditam que somente quarta-feira à tarde ou quinta-feira seja conhecido o nome do novo ocupante do Trono de Pedro.
Mais cedo, cantando a “Ladainha dos santos”, um canto gregoriano que pede aos mártires a inspiração, os 115 cardeais seguiram em fila no início da tarde desta terça-feira até a Capela Sistina para iniciar o conclave que escolherá o sucessor do Papa Bento XVI. O Vaticano já informou que é mínima a chance de um nome ser definido ainda na primeira votação.
Uma vez na capela, os cardeais prestaram um juramento de sigilo, comprometendo-se a não divulgar qualquer informação sobre o que for tratado dentro do conclave. O religiosos estão proibidos de se comunicar com o mundo exterior, incluindo o acesso à internet e a redes sociais. O cardeal sul-africano Wilfrid Napier chegou a brincar, dizendo que já estava com síndrome de abstinência do Twitter.
A procissão obedeceu à ordem de cardinalato à qual cada um pertence. Primeiro entram os cardeais diáconos, que atuam na Cúria Romana. Atualmente são 30, entre eles o cardeal brasileiro João Braz de Aviz, que é prefeito emérito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.
A seguir é a vez dos Cardeais presbíteros, os que estão à frente das dioceses pelo mundo. São a maioria que participam deste Conclave: 81. Entre eles, os outros quatro Cardeais brasileiros: Geraldo Majella Agnelo, Cláudio Hummes, Raymundo Damasceno Assis e Odilo.
Por fim, os Cardeais bispos, aqueles que assumem dioceses suburbicárias em Roma. São somente quatro, sendo o mais idoso o Giovanni Battista Re, que é justamente o Decano do Conclave.
Após o juramento, foi proclamado o “extra omnis”, para que todos os não eleitores deixassem o recinto, e lacrada a porta da capela, dando início formalmente às deliberações para a escolha do novo Papa.
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