segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

A 500 dias da Copa, Brasil não tem uma seleção formada

Quando o Brasil foi confirmado como sede da Copa do Mundo de 2014, em outubro de 2007, a maior preocupação era se os estádios das doze cidades-sede ficariam prontos a tempo de receber os jogos. Pouco mais de cinco anos depois, algumas obras estão atrasadas, mas há a certeza que as arenas serão entregues. Problemas com infraestrutura e serviço também preocupam os organizadores. Mas para os brasileiros a maior angústia é a seleção. Faltando 500 dias para a estreia do Brasil, no estádio Itaquerão, o treinador Luiz Felipe Scolari, que assumiu em novembro de 2012, fará seu primeiro jogo na volta à equipe em 6 de fevereiro, contra a Inglaterra, em Wembley – ele foi pentacampeão mundial em 2002, na Copa do Japão e Coreia do Sul. Scolari terá apenas alguns amistosos antes de sua primeira competição oficial, a Copa das Confederações, de 15 a 30 de junho deste ano.

A primeira convocação de Luiz Felipe Scolari, na terça-feira, deixou claro que o treinador não tem um time formado. Apenas quatro jogadores aparecem com grandes chances de serem titulares: Thiago Silva, Daniel Alves, Ramires e Neymar. Os três primeiros estiveram na Copa de 2010 e nas listas de Mano Menezes. O último ficou fora do último Mundial, mas se tornou o principal atleta na gestão de Mano. Scolari também apostou em nomes como Filipe Luis - convocado algumas vezes, mas perdeu espaço na lateral-esquerda para Marcelo, que está lesionado, e Adriano. Na zaga, mesmo contando com Thiago Silva e David Luiz, o treinador aposta em Dante, zagueiro de 29 anos, destaque no futebol alemão e por pouco não se naturalizou.

Entre 2010 e 2012, Mano Menezes testou doze goleiros e deixou o cargo sem um titular. Scolari chegou e quis se garantir: chamou Júlio Cesar, goleiro do Queens Park Rangers, lanterna no Campeonato Inglês, e ainda lembrado pela falha nas quartas de final do Mundial de 2010, contra a Holanda, na África do Sul. O goleiro pode não ser unanimidade para os torcedores, mas é o que mais tem a confiança de Felipão. Cássio, do Corinthians, eleito melhor jogador da final do Mundial de clubes da Fifa, pode aparecer nas próximas listas.

Se em outras Copas o Brasil tinha sempre bons armadores, com técnica refinada para fazer a ligação entre o meio de campo e o ataque, para 2014 ainda há dúvidas. Paulo Henrique Ganso volta de longa período e lesão no São Paulo e Oscar demonstrou que ainda precisa de mais experiência. A solução de Scolari na convocação foi dar uma chance a um velho conhecido, Ronaldinho Gaúcho, que já o salvou outra vez, quando o Brasil empatava em 1 a 1 com a Inglaterra nas quartas de final da Copa de 2002: Gaúcho acertou uma cobrança de falta quase do meio de campo e garantiu a vitória. Depois de passagens sem muito destaque por Milan e Flamengo, o jogador fez uma boa temporada em 2012 com o Atlético-MG.

VEJA

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