domingo, 13 de janeiro de 2013

Quem nunca usou um Dito Popular? 'Para quem sabe ler, pingo é letra'

“Para o bom entendedor meia palavra basta”. Os ditos populares estão aí, e quem nunca pronunciou um deles? Essas expressões muitas vezes engraçadas constituem uma parte importante de cada cultura. São palavras e frases que se mantém imutáveis ao longo dos anos. Algumas têm seus significados traduzidos, mas a origem de muitas delas ainda são um mistério.

Se pararmos para pensar, elas fazem parte do nosso cotidiano, não importa o nível cultural, muito menos em que região estamos. Os ditos populares, como o nome mesmo diz, são “populares” e estão aí sendo pronunciados a todo tempo.

Que nunca ouviu uma mãe dizer: "Quem meu filho beija, minha boca adoça." “ Ser mãe é padecer no paraíso". Ou que pai não esbravejou: “Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho carpinteiro”. E que comerciante nunca disse: “ O olho do dono é que engorda o gado”, ou você é um “Amigo da onça”, podendo ir até mais longe "Lobo em pele de cordeiro".

Muitos historiadores e escritores, já tentaram descobrir a origem deles, mas esta não é uma tarefa fácil. As pesquisas não param, já que “Água mole em pedra dura tanto bate até que fura”.

Em alguns casos é possível explicar as expressões que muitas vezes são repetidas de forma incorreta.

É comum ouvir, “Quem tem boca vai a Roma”, mas na verdade o correto seria “Quem tem boca vaia Roma”, (do verbo vaiar).

Outra troca tão popular é “Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão”, mas o certo é “Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão”.

E ouvir essas expressões se torna até engraçado, quando elas são ditas de forma contrária como, “Cuspido e escarrado” (alguém muito parecido com outra pessoa), mas o original seria “Esculpido em carraro”, que é um tipo de mármore. "Quem não tem cão, caça com gato", mas na verdade é, "Quem não tem cão, caça como gato".

E os ditados não param por aí. Segundo pesquisas existem mais de mil ditos populares, que vão desde os considerados sérios aos mais engraçados. Entre as descobertas dos significados tem algumas bastante curiosas. 

“Salvo pelo gongo”, o significado parece simples, escapar de se meter numa encrenca por uma fração de segundos. Mas, o ditado de origem Inglesa é bem curioso. Antigamente, não havia na Inglaterra espaço para enterrar todos os mortos. Então, os caixões eram abertos, os ossos tirados e encaminhados para o ossário e o túmulo era utilizado para outro infeliz.

Só que, às vezes, ao abrir os caixões, os coveiros percebiam que havia arranhões nas tampas, do lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade, tinha sido enterrado vivo. Então surgiu a ideia de, ao fechar os caixões, amarrar uma tira no pulso do defunto que passava por um buraco no caixão e ficava amarrada num sino. Se o indivíduo acordasse, o movimento do braço faria o sino tocar. Desse modo, ele seria salvo pelo gongo.

“Onde Judas perdeu as botas”, é outra interessante dito popular e o significado é bem explicado e atravessou vinte séculos. Depois de trair Jesus e receber 30 dinheiros, Judas caiu em depressão e culpa, vindo a se suicidar enforcando-se numa árvore. Acontece que ele se matou sem as botas. E os 30 dinheiros não foram encontrados com ele, isso fez com que os soldados fossem em busca das botas de Judas, onde, provavelmente, estaria o dinheiro. A história é omissa daí pra frente. Nunca saberemos se acharam ou não as botas e o dinheiro. 
Quem nunca esteve “Pensando na morte da bezerra”, pois é, esta vem da bíblia. Como vocês sabem, o bezerro era adorado pelos hebreus e sacrificados para Deus num altar. Quando Absalão, por não ter mais bezerros, resolveu sacrificar uma bezerra, seu filho menor, que tinha grande carinho pelo animal, se opôs.

A bezerra foi oferecida aos céus e o garoto passou o resto da vida sentado do lado do altar "pensando na morte da bezerra". Consta que meses depois veio a falecer.

De origem na mitologia grega, “Bicho-de-sete-cabeças”, remete as dificuldades diante de uma situação e exige perseverança. A expressão vem da lenda da Hidra de Lerna, monstro de sete cabeças que, que ao serem cortadas, renasciam. Matar este animal foi uma das doze proezas realizadas por Hércules. 

Quem já não se sentiu vendo, “Passarinho verde”. O passarinho em questão é uma espécie de periquito verde. Conta uma lenda que alguns românticos rapazes do século passado adestravam o bichinho para que ele levasse no bico uma carta de amor para a namorada.

Os ditados são tantos, e com explicações tão interessantes que sem querer acabam fazendo parte de alguma situação do cotidiano.

É comum encontrarmos muitos sabichões que dizem “Contra fatos não há argumentos”, ou aquela pessoa irritada que pronuncia “ Não chame o papagaio de meu louro”. Quem sabe aquele desconfiado que insiste em dizer, ‘Gato escaldado tem medo de água fria”.

Porque não lembrar daqueles que estão sempre com "pé atrás", e vivem dizendo, “Passarinho que anda com morcego acaba dormindo de ponta cabeça”.

Estes são apenas alguns dos exemplos curiosos dos ditos populares. E se você nunca usou um ditado, o desafio está lançado: “Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje”.

“Ler é saber”

Impossível é, achar agulha no palheiro.

Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço.

Pra quem é, bacalhau basta.

De grão em grão a galinha enche o papo.

O que não tem remédio remediado está. 

Quem ama o feio, bonito lhe parece.

O que os olhos não veem, o coração não sente.

João sem braço.

Pagando o pato.

Com a faca e o queijo na mãos.

Chorando o leite derramado.

Ururau

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