quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Polícia prepara ocupação da Rocinha a partir desta quinta

A partir desta quinta-feira (10), a polícia deve começar a preparar a ocupação da Rocinha e do Vidigal, em São Conrado, na zona sul do Rio de Janeiro. Antes da tomada pela PM, prevista para o domingo (13), helicópteros e policiais à paisana farão o último estudo da região. Após a prisão de policiais que faziam a escolta para a fuga de traficantes da Rocinha na quarta-feira (9), a Polícia Federal informou que continuará a monitorar as comunidades nesta quinta em busca de criminosos.
O objetivo da ocupação é a instalação de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). Ao menos três tipos de blindados  da Marinha serão usados durante a ocupação. O apoio já foi realizado nas operações para pacificar o Complexo do Alemão e a Vila Cruzeiro, na zona norte, no final de novembro de 2010. No entanto, a participação do Exército na ocupação ainda não foi confirmada. Segundo o Comando Militar do Leste, não houve nenhuma solicitação por parte do governo do Estado.
A data da ocupação da Rocinha foi definida durante reunião com o alto escalão da Polícia Militar e da Secretaria de Segurança há duas semanas. No encontro, ficou acertada a estratégia de ocupação. A opção de também entrar no Vidigal teria como objetivo impedir a fuga de traficantes para a favela vizinha.

Com a tomada da Rocinha e Vidigal, a Secretaria de Segurança Pública fecha mais um cinturão de segurança, desta vez na orla da zona sul, já que favelas em Ipanema, Copacabana, Leme e Botafogo já estão ocupadas. São elas: Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, Ladeira dos Tabajaras e morro dos Cabritos, Chapéu-Mangueira e Babilônia e morro Dona Marta.

Com aproximadamente 70 mil moradores, a favela da Rocinha é uma das maiores favelas do Brasil e uma das mais importantes para o tráfico de drogas.
A Rocinha também era reduto de um dos traficantes mais procurados do Rio - Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem -, preso na madrugada desta quinta-feira, contra quem pesam pelo menos nove mandados de prisão pelos crimes de tráfico de drogas, homicídio e lavagem de dinheiro. O Disque-Denúncia (0xx21) 2253-1177 oferecia R$ 5.000 de recompensa por informações que levem ao paradeiro de Nem.
A ocupação será feita pelo Bope e pelo Choque, que costumam passar, em média, de 45 a 60 dias fazendo um trabalho de varredura nas comunidades antes da implantação da UPP, em busca de armas e drogas. Na Mangueira, no entanto, o Bope permaneceu por quatro meses até a inauguração da 18ª UPP.

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