sábado, 12 de novembro de 2011

Vasco volta ao Engenhão após AVE de Ricardo Gomes para celebrar recuperação coletiva sob a condução de Cristóvão

Ao primeiro nome, pelo qual era conhecido como jogador, foi acrescido o Borges para cumprir o protocolo que impõe aos técnicos uma responsabilidade de chefe de família. Homônimo ao grande navegador genovês, à frente de uma tradição portuguesa, poderia ser conhecido também como "Cristóvão da Gama", o velho marinheiro do samba de Paulinho da Viola. O técnico leva o Vasco devagar diante do nevoeiro e abre as velas do otimismo à medida em que avista o mundo novo. No mar de emoções do futebol, descobriu que as tormentas podem servir de impulso para momentos de prazer. Dois meses e meio depois de Ricardo Gomes deixar o Engenhão agonizante, o Vasco volta ao local para enfrentar o Botafogo neste domingo disposto a transformar dor em festa.
-Vamos encontrar o palco e o momento ideais para continuar dando boas noticias que ajudem na recuperação. O Ricardo vai estar vendo o jogo, espero que fique muito feliz - disse Cristóvão.
Do alto da capacidade vascaína de crescer sob ameaça, o Engenhão já não pode ser visto como território hostil. Em 17 jogos desde 2008, o Vasco tem seis vitórias, oito empates e três derrotas. Em clássicos, são oito empates, duas derrotas e duas vitórias, uma delas por 6 a 0 sobre o Botafogo no ano passado. No Brasileiro, empatou com Flamengo e Fluminense, mas foi goleado (4 a 0) pelos donos da casa. No lugar do desejo de vingança, surgem os tons da serenidade. Num clássico alvinegro, salvo pelo vermelho no coração vascaíno, a experiência do passado mostra que o mais importante é o porvir. Após seu pior início de temporada, com quatro derrotas seguidas, o Vasco trocou o desejo de que tudo passasse logo pela vontade de o ano seja cada vez mais longo.
- A gente nem parou para pensar em férias. Contando que a Sul-Americana termina em 14 de dezembro, só vamos fazer planos a partir do dia seguinte - disse Diego Souza. - O Prass (goleiro) brinca que quando o ano é bom, pode ter 15 meses.
Embora o manual do futebol sugira que a disputa de competições simultâneas seja prejudicial, nunca o desgaste trouxe tanto entusiasmo.
- O mais difícil no futebol é montar um grupo. Não se trata só de juntar gente, mas de canalizar a força de pessoas tão diferentes para o mesmo lado - disse Cristõvão.


Fonte: http://oglobo.globo.com/esportes/brasileiro2011

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